Tenho percebido um movimento estranho na rede, meio ciclico é verdade, mas sempre estranho para mim. Blogs comentando microblogs… assim como no surgimento dos blogs, blogs comentando outros blogs.
Já havia percebido isso na blogosfera. Odeio esse termo, blogosfera, mas é o que existe, fazer o quê… parece que a “blogosfera” não faz parte da internet, é um planeta distante.
Enfim, mas chegou até a veículos híbridos, como blogs de portais e jornais, como o Gigablog. Por um lado quem não tem saco pra microblogs, como eu, acaba pegando um resumo do que se passa, mas fica um receio de que o universo blog, ou mais, os textos, comentários e discussões se “resumam” a um “resumo” de 140 caracteres.
Não quero aqui desmerecer os microblogs, como o twitter, ele tem seu nicho, seu público, sua utilidade (???), sua dinâmica, que é completamente diferente dos blogs.
Será que deixaremos nossos pensamentos resumidos a 140 caracteres? Durma com esse barulho!
Agora, uma imagem e um vídeo do que acho dos microblogs:
Twouble with Twitters from Stephan Wetzl on Vimeo.
PS: Tenho um cadastro no twitter, mas não tem nenhuma “twittada”, foi só pra ninguém usar um login igual aos que geralmente uso.
O que eu estou fazendo agora?
Esta é a pergunta que faz brotar conteúdo para a tabela de posts, digo, twitts, e tem feito o Twitter bombar.
Resumir nossos pensamentos a epenas 140, Wagner? Na realidade a gente se depara com um barulho maior: o fim dos modelos – como se pode observar em uma bela explanação na revista HSM de abril deste ano; entre tantos outros artigos sobre essa temática onde temos uma sociedade da informação que põe de lado os modelos científicos que aprendemos (os que aprenderam) no começo da formação do nosso ensino para analisar uma grande quantidade de informação e então chegar em resultados mais práticos, imediatos, com a premissa de que os dados falam por si.
A proposta do Twitter é outra, não a de ser uma ferramenta para agregar conhecimento como muitos blogs, portais e etc. No entanto, essa crítica que você faz de que “twitteros” estejam copiando conteúdo de blogs já foi critica também de colunistas de revistas sobre muitos blogs, onde esses últimos por não ter a técnica e meios para gerar conteúdo simplesmente copiariam conteúdo de outras fontes dando apenas uma pincelada para mascarar a origem (isso tem dado alguns processos jurídicos até). Daí, fico pensando se o google leva a cabo os rumores de compra do Twitter e passe a integrar este nas suas engines de busca: aí podemos ter este cenário tenebroso – links para twitts que fazem referências para outros Twitts e outros links and boom and boom and boom… se comprar, tomara que não inclua o Twitter no mecanismo de busca 😀
O que tenho percebido é que além da função “O que estou fazendo agora” o Twitter tem servido bem para reduzir custos em algumas empresas, usando a comunidade para publicar vagas de emprego, levantamento de satisfação de clientes, por exemplo. Como podemos observar nesta matéria do Portal Exame e na Folha OnLine.
A recém chegada profissão de analista de redes sociais tem uma aí mais uma ferramenta para fuçar em busca de queixas, observaçoes sobre determinado produto. Mas, concordo com o Wagner quanto a esta risonha possível proposta de ser mais um bastião do conhecimento.
Escrever um post sobre o novo Álbum do Seu jorge – 48 caracteres;
Comentar este post do Wagner sobre o Twitter, que não é aquela caixinha de som agudo no seu carro – 98 caracteres;
Postar quantos caracteres eu bem entender – NÃO TEM PREÇO. rsrs é isso ae.
Para qualificar melhor a visão sobre a empresa Twitter, recomendo a leitura deste artigo:
Twitter co-founders are mum on revenue plans
http://apnews.myway.com/article/20090527/D98EBTM00.html
com destaque para esses trechos:
“There will be a moment when you can fill out a form or something and give us money,” said Evan Williams, co-founder and chief executive officer.
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Williams and Twitter co-founder Biz Stone mentioned possible revenue-generators, including a service that would authenticate the source of information. For example, Dunkin’ Donuts could pay to make sure that impostors don’t send messages under its name.
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