A difícil arte de manter um blog

Esses dias tive curiosidade de ver o relatório deste blog, diga-se de passagem o que tive por mais tempo. No relatório descobri que a média diária de visitas dele é de 45 pessoas (muito obrigado a todos que tem paciência para com meus textos).
A partir daí tive a primeira conclusão: Poxa faz quase 4 meses que não há um post, porque tanta gente vem aqui?
E a segunda conclusão: Será que essas pessoas serão meus ex-leitores?
Sim, ex-leitores. Por mais que haja um texto que interesse ao leitor, a falta de atualização faz com que depois da terceira olhada e não vê nada de novo conclui que continua tudo na mesma, pelo menos eu penso assim em blogs que leio.
Aí chegamos no perfil: Tenho profissão, emprego estável, trabalho todos os dias. O tempo que posso gastar com o blog é pequeno, e com o fato que gosto de fazer textos mais analíticos, demandam obviamente análise, observação, comprovação e coerência.
Textos mais longos, pela lógica, levam mais tempo para serem escritos, revisados. Acaba que este está na contramão do imediatismo que a internet promove.
Blogueiros profissionais, os probloggers, possuem tempo para criarem seus textos, assim podem movimentar e renovar o público que lê e intercalam textos mais curtos com longos, o que harmoniza mais, pois dá mais fluidez de leitura, pois podem ser lidos durante o trabalho, os afazeres, etc já que tomam menos tempo.
Como podem perceber, até essa linha, foi todo o raciocínio que tive quando vi o relatório, vamos para o outro lado da história.
Por mais brincadeira que possa existir com o problogger, que pecam mais na reclamação dos adsenses da vida (nunca vi num texto de jormal um jornalista reclamar que tá ganhando pouco #fikdik) do que pela produção que tem, eles são fundamentais para o ecossistema da internet. Assim como os blogs que tem textos mais longos. O equilíbrio é o segredo. E não necessáriamente quem chega aqui sera um ex-leitor com o tempo (desde que eu tenha uma produção mais frequente, há limites também).
Desde quem produz freneticamente ou quem produz pouco tenha textos que mereçam ser lidos conviverão de forma pacífica e amigável. O que é preciso é o cuidado com o estilo do blog e estilo do leitor, que são assuntos para um próximo post.

Blogueiros e probloggers

Quem me conhece sabe que sou viciado em informação e quando vi no twitter do Tiago Doria, @tdoria, uma série de 3 matérias (até agora) do State of the Blogosphere, realizado pelo agregador de blogs Technorati, fui logo ler.

Links do site do Tiago Dória:

http://www.tiagodoria.ig.com.br/2009/10/19/equipamentos-moveis-sao-cada-vez-mais-utilizados-para-atualizar-blogs/

http://www.tiagodoria.ig.com.br/2009/10/20/blogueiros-nao-profissionais-estao-blogando-menos-ainda/

http://www.tiagodoria.ig.com.br/2009/10/21/custo-e-o-diferencial-na-hora-de-escolher-uma-plataforma-de-blog/

Não me contive e acabei escrevendo nos comentários o que acho disso tudo. Deixo claro que não é uma contraposição ao texto dele, e sim meu modo de ver e avaliar os dados da pesquisa, afinal percebi que muito do que pensava refletiu na pesquisa. Trago o texto que escrevi no seu blog (como comentário, é claro) e dei uma formata pra melhorar a leitura 😀 (e também porque perdi parte do que escrevi lá e até agora não foi aprovado para exibição :/)

Antes do post alguns adendos:

Acho que existem três tipos de pessoas nesta cadeia:

O blogueiro, o jornalista usando uma nova mídia e o  problogger. É claro que isso muitas vezes é transitório, há blogueiros que viraram probloggers, ou jornalistas que agiam como blogueiros e acabaram usando o blog como jornalismo de novas midias ou virando problogger também.

Os blogs são uma forma de escrever e divulgar pensamentos/conhecimentos e são uma evolução de páginas estáticas pessoais, como o saudoso Geocities. Deu mais dinamismo e facilidade de uso pra quem não conhece/cia HTML.

Os blogs de jornalistas para mim parecem muito com fanzine e são evolução destes. Afinal são produtos com conteúdo direcionado para um nicho de mercado e assim não tem espaço na grande mídia;

Os probloggers são uma evolução do jornalzinho de bairro, tanto na venda de espaço, republicação de matérias e outras coisas.

Outro ponto é que não sou contra probloggers, primeiro porque o fato de ser contra ou a favor nao vai mudar nada (eles continuarão a existir), segundo porque de certo modo eles facilitam a vida de quem lê, já que concentram conteúdo e estão trabalhando com algo digno, afinal, não estão matando nem roubando, assim como os vendedores de bala no farol. Só incomoda a chatisse do “vivo de adworks e sou feliz”, vivo de blog e sou mais esperto que os outros e outras coisas do tipo.

Blogueiros não profissionais blogam menos porque:

– Trabalham, estudam ou fazem outro tipo de atividade em primeiro plano;

– Escrevem geralmente sozinhos, já que se houver mais pessoas no blog terá mais posts (teoricamente)

– Não se importam com pagerank ou outra coisa do tipo;

– Preferem escrever textos originais, algo que demora mais tempo (e demanda raciocinio);

Probloggers fazem várias coisas pra manterem o blog com bastante visitas: republicam matérias (o mais comum), oferecem brindes de empresas (discutível) e convidam pessoas que escrevem bem mas tem pouca visibilidade, pra engrossar a quantidade de posts.

Basicamente um problogger atua como um dono de jornal de antigamente (ou jornal de bairro) e é provável que seus blogs evoluam (???) para portais, com base na forma de atuação.
Ou seja, essa baboseira toda de blogueiro substituindo jornais e midias é pura balela. Só são pessoas que conhecem bem uma mídia nova e no final acabam agindo como todas as outras midias.
As tecnologias mudam, várias ações continuam as mesmas. A vantagem é que a possibilidade de ler algo novo, SE, SE, a pessoa buscar por textos novos. Se o leitor agir como um consumidor de midias tradicionais ele só mudou o foco, ao invés de esperar um jornal todo dia na porta, ele espera os posts nos mesmos blogs.

PS: NÃO sou especialista em midias sociais e nem quero.

Blogs comentarão microblogs?

Tenho percebido um movimento estranho na rede, meio ciclico é verdade, mas sempre estranho para mim. Blogs comentando microblogs… assim como no surgimento dos blogs, blogs comentando outros blogs.

Já havia percebido isso na blogosfera. Odeio esse termo, blogosfera, mas é o que existe, fazer o quê… parece que a “blogosfera” não faz parte da internet, é um planeta distante.

Enfim, mas chegou até a veículos híbridos, como blogs de portais e  jornais, como o Gigablog. Por um lado quem não tem saco pra microblogs, como eu, acaba pegando um resumo do que se passa, mas fica um receio de que o universo blog, ou mais, os textos, comentários e discussões se  “resumam” a um “resumo” de 140 caracteres.

Não quero aqui desmerecer os microblogs, como o twitter, ele tem seu nicho, seu público, sua utilidade (???), sua dinâmica, que é completamente diferente dos blogs.

Será que deixaremos nossos pensamentos resumidos a 140 caracteres? Durma com esse barulho!

Agora, uma imagem e um vídeo do que acho dos microblogs:

blogging2

Twouble with Twitters from Stephan Wetzl on Vimeo.

PS: Tenho um cadastro no twitter, mas não tem nenhuma “twittada”, foi só pra ninguém usar um login igual aos que  geralmente uso.