Taking Responsibility

Este post de hoje é devido a um fato ocorrido muito recentemente, e que me causou uma imensa vontade de externar aqui o quanto eu desprezo certas atitudes de alguns profissionais de tecnologia. Usarei este como catarse, minha válvula de escape.
Eu listo tais atitudes: arrogäncia, intransigência, pedância.

Não é raro eu encontrar pelas empresas em que passo profissionais com uma formação acadêmica invejável bem como profissionais bastante carentes neste aspecto. O fato mais curioso nisso é que este fator – formação acadêmica – não é (nem de longe) preponderante quando analisamos o potencial técnico/desempenho e etc de um profissional. Trocando em miúdos: diploma não é premissa para cara ser “foda”!

Há um bom tempo eu li um livro de Dostoyevsky que infelizmente eu não me recordo o título. No entanto, o que mais me marcou nesta leitura foi uma idéia à qual ele me induziu: que certas vezes vivemos uma vida inteira em um único segundo. Quero usar essa imagem como analogia para outra face da arrogância: barganha em experiência. Do tipo: “eu já estou há 10 anos nisso.”. Como se o sujeito fosse imune à estupidez apenas por ter muito tempo de experiência. Sendo estúpido, apenas nos leva a concluir que por todo esse tempo o indivíduo já fez muita coisa “feia” nesse mundão de meu Deus. De igual forma à questão acadêmica, já vi muitas pessoas novas com uma habilidade ímpar em raciocinar e ter soluções simples e ágeis em função desse dinossauro que levanta a bandeira de sua experiência como um metal imune à corrosão da idiotice.

Noutros momento que a acidez do meu estômago quase furou meu bucho por tamanha injúria foram ao ouvir indivíduos se gabarem por conhecer o kernel do bsd, todos asm opcodes, IoC, AOP, and boom… and boom… usando esse conhecimento como forma de se sobrepor a alguém, ofendendo a inteligência de outrem. Cá entre nós – profissionais de tecnologia -, sejamos franco: no final das contas, nós aprendemos sobre demanda. Onde as motivações podem ser várias: gosto por determinada tecnologia, pressão hierárquica, retorno financeiro (que está intrinsecamente relacionada a esta última) e etc… Em suma, se precisar, vai aprender! Daí que trato com desmedido desdém atitudes dessa magnitude, tentando fazer o interlocutor perceber essa simples realidade. Pode-se fazer uma viagem maior na maionese e voltarmos no tempo, num período onde realmente a informação era elitizada, para poucos. Hoje,…

Com efeito, fechando minha motivação para escrever de hoje, digo que muitas vezes erramos na comunicação. Na forma de abordar as pessoas, na forma de expor uma idéia. Eis que Isso tudo me fez lembrar um artigo escrito por Steve M. List na msdn do mês passado (Think Before You Speak), de`onde destaco esse trecho:
“That`s at the core of effective communication: taking responsibility
for your feelings and behaviors.
Here are a few things I like to think about when reflecting on my
interactions with others:
*If I was there, I contributed, even if I sat silently by
*If someone feels something, while I`m not responsible, I may
have contributed to the circumstances that led to them feeling that way
*Have I checked my own behavior and words?
*What`s most important: being right or contributing to the relationship ?
Whether in meeting or individual conversation, these are
among the things I consider every time. If we all do the same, our
interactions will yield better results, productivity will improve, and
our team cohesion will be enhanced.
“(sic)

Crise e o Mercado de Trabalho HiTech(Dev) – Conversa de Corredor

Bom, como alguns sabem, eu estou disponível no mercado de trabalho, estou à procura de novos desafios… e outros chavões para se dizer que está sem emprego 🙂
Tenho feito em média uma entrevista por dia nessas últimas duas semanas, período este que estive efetivamente buscando novo emprego no bom e velho apinfo. Já passei para a segunda fase de alguns processos, testes e mais testes, conversa com gestores de área; rever algumas analistas de RH das consultorias, mas o fato que mais me chamou a atenção foi uma conversa de corredor com um companheiro de área – programador C# com quem bati um papo em uma sala de espera de uma consultoria em algum lugar de São Paulo.
Quando a pessoa X começou a puxar um dedo de prosa comigo, fiquei imaginando uma das cena do Jim Carrey no filme As Loucuras de Dick e Jane no momento que ele estava concorrendo uma vaga trabalho com amigos de sua ex empresa. Mas em vez dessa divagação medonha, foi um bate papo bastante amistoso e enriquecedor. Essa pessoa me disse uma história semelhante a minha quanto ao efeito crise: ela estava de férias e descobriu ao voltar para o trabalho que seu nome não estava na lista de Schindler. Eis que foi pro cadafalço 🙁 . Era programadora C# senior em uma empresa que prestava serviços para a Bovespa (se não me falha a memória) e houve um corte tremendo devido à falta de serviço nesta área de negócio que ele atuava dentro da Bovespa. Descobri, e isso o principal dessa conversa 😀 (brincadeira), que ela não concorria para a mesma vaga que eu – estava ali para uma vaga no setor varegista.
O ponto dessa conversa foi a conclusão que chegamos após algumas exposições de situaçoes: falei da quantidade de entrevista que fiz para trabalhar no setor bancário e ele disse que já tem recebido diversas propostas também para diversos outros setores (inclusive o bancário); eu lhe disse após isso que a parte boa da área de tecnologia, em especial desenvolvimento de software, é que ao menos essa crise, e considerando sua dimensão e poder de destruição, não causou uma queda na demanda de trabalho – não falta trabalho para nós programadores, o que tem ocorrido é um chacoalho dos setores. Alguns setores amargam graves perdas, drásticas quedas no faturamento enquanto outros estão a pleno vapor como o de remédios, varejo, por exemplo e os profissionais passam de um setor para outro.
Eu francamente nunca me deparei com uma quantidade tão grande de oportunidades para atuar na área financeira ou bancária. Posso, grosseiramente concluir, que com essa crise, com o olho do tufão no setor bancário/financeiro, este setor deve ter revisto uma quantidade monstruosa em suas regras, somada à premissa da tecnologia trazer queda nos custos por simplificar/automatizar os processos justificaria o aumento da demanda por profissionais em tecnologia.
É isso ae.
Espero que dentro em breve, mas muito breve mesmo :), eu já esteja atuando em algum setor de sucesso no mercado.

Estamos de mudança…

Este blog está pegando seu pau-de-arara e indo para novos ares…. novidades em breve.

UPDATE:

Estamos em uma nova casa, agora no UOL Host.